As "Massas" Também Exigem Qualidade
Por Wagner Campos
04/01/2009
Felizmente para grande maioria da população, com o aumento do poder
aquisitivo e também maior competitividade entre as empresas,
ampliou-se o mercado de consumo para as chamadas "massas".
Produtos como computadores, televisores, refrigeradores, notebooks,
microondas, aparelhos de DVD entre outros, antes distantes da grande
maioria da população era apenas um distante sonho de consumo. Hoje
este sonho pode se tornar realidade. Preços menores, parcelamentos
maiores e taxas de juros menos abusivas (mesmo que distante de serem
taxas justas ou ideais), colaboraram para o aumento do consumo.
Muitas empresas, no entanto, ainda acreditam que para algo ser
barato não é necessário ter qualidade, durabilidade, assistência
técnica, atendimento diferenciado etc. Excluem peças, acessórios,
recursos, softwares e até mesmo itens de segurança para que assim
ofereçam produtos a preços competitivos sem alterar a margem de
rentabilidade de forma significativa.
Erroneamente utilizam o conceito de que um produto ou serviço tem
que ser apenas “vendável” e que caso o cliente desejar algo “melhor”
deverá pagar a mais pelo que é melhor. É uma distorção terrível.
Se o cliente precisa pagar por algo melhor caso queira, então a
empresa está oferecendo algo que não é bom? Oferecendo algo que não
é bom ela possui condições de oferecer o que realmente é considerado
bom? Partindo-se do principio de que a qualidade percebida por cada
consumidor é relativa, dependendo do grau de satisfação dele com o
produto, como a empresa tem medido a qualidade de seus produtos e
serviços?
O público considerado de menor poder aquisitivo deseja adquirir
vários produtos e serviços, mas não significa que aceitará a falta
de qualidades. Trabalharam muito para adquirirem determinados
produtos e serviços e após passarem por tantas dificuldades
financeiras, sociais e morais é um grande erro acreditar que
aceitarão que algo com menos qualidade ou benefícios apenas porque é
mais barato.
Independentemente do preço do produto, ninguém quer investir para
ter que “jogar fora” seu investimento. Até mesmo um óculos de sol de
alguma grife mais “popular” tem seu custo a partir de R$ 40,00, mas
não significa que isto lhe dá o direito de “cair aos pedaços” logo
nas primeiras semanas devido a se tratar de um “bem não durável”.
Qual o valor necessário a ser investido em um óculos para ele ser
considerado um produto de qualidade e ter uma durabilidade
significativa? E qual será esta durabilidade?
A empresa deve se conscientizar que não vende apenas produtos ou
serviços e sim sonhos, conforto, realização, saúde, segurança etc.
Tudo depende do que está sendo oferecido. Cada produto deve ser
fornecido como um algo mais, como algo único, exclusivo. O
atendimento diferenciado, a cordialidade, a flexibilidade a
proatividade e interesse serão fatores indispensáveis para o sucesso
e crescimento de todas empresas em todos os segmentos.
Se não há possibilidade de oferecer os produtos às “massas” sem
reduzir a funcionalidade e qualidade, devem ser oferecidas condições
para adquirir estes produtos e serviços, criar parcerias com
instituições como governos, faculdades, escolas, empresas,
distribuidores, entre outros, onde através de incentivos exclusivos,
finalidades e volumes possa ser mantida a competitividade.
Com políticas comerciais bem definidas poderá ocorrer o aumento das
vendas e faturamento, sem prejudicar a imagem da empresa e
principalmente sem frustrar seus clientes.
O diferencial para o cliente não é apenas o valor pago no produto ou
serviço adquirido, mas o valor percebido e que será demonstrado
mediante o índice de sua satisfação.
A dúvida de ter feito um bom negócio ou a frustração por ter
adquirido o produto ou serviço apenas produz repercussão negativa
para a empresa e má divulgação de seus produtos. Vale ressaltar que
muitas marcas valem mais do que as próprias empresas detentoras.
Você arriscaria tirar acessórios, itens de segurança, conforto e
qualidade e itens de sua marca para oferecê-la ao mercado?
Prof. Wagner Campos é Palestrante e Conferencista em Vendas,
Motivação e Liderança. Diretor da True Consultoria. Administrador de
empresas e Especialista em Marketing. Possui experiência há mais de
12 anos na área tendo atuado em empresas como Cia Cervejaria Brahma,
Unibanco, Multibrás Eletrodomésticos, Bebidas Wilson e Sebrae. É
autor do Livro "Vencendo Dia a Dia" e Coordenador e Prof. dos cursos
de Marketing, Com. Exterior, Logística Empresarial e Recursos
Humanos da Universidade Paulista – UNIP e Prof. e Coordenador do
Curso de Marketing do Grupo Anhanguera Educacional. Contato:
wagner@trueconsultoria.com.br – www.trueconsultoria.com.br – F: (19)
3702.2094 – 98128.6818.