Marketing, metas e fidelização de clientes
Por Rafael Mauricio Menshhein
18/11/2007
Estabelecer metas em uma organização pode ser difícil quando quem as
define não possui conhecimento ou distorce o planejamento elaborado,
mesmo diante da concorrência há grandes erros cometidos que reduzem
as chances de êxito e acabam limitando a possibilidade dos clientes
tornarem-se fiéis.
Enquanto algumas organizações estão partindo para processos e ações
que fidelizam os clientes, outras empresas ainda tentam conquistar
cada vez mais consumidores sem se importar com o relacionamento, e
acabam perdendo clientes por erros que hoje não são mais perdoados
no mercado.
Com a concorrência cada vez mais intensa o mercado não deixa margens
para erros, as empresas devem criar planejamentos, estudar
estratégias e se relacionar com os consumidores da melhor forma
possível, exceto quando o consumidor faz de tudo para denegrir sua
imagem sem razão, utilizando os produtos de forma errada e culpando
a organização por algo que ela não faz.
Também não há como aceitar o que muitas pessoas defendem sobre a
razão dos clientes, há casos onde estes consumidores estragam
propositadamente os produtos e culpam a organização, ou não lêem
corretamente os manuais e quem leva a culpa é o fabricante.
Mas se uma organização não cumpriu seu papel é óbvio que deverá
consertar o produto, substituí-lo ou ressarcir o cliente.
Então você começa a pensar que no mercado existem desejos a serem
atendidos, que os clientes buscam o melhor produto e que existe uma
minoria com a qual não há como se relacionar, que sempre estará
insatisfeita com a sua marca e inicia um processo de compreensão dos
motivos pelos quais a organização não deve tentar atender a todos os
clientes.
Da mesma forma é a prestação de serviços, se um cliente fica
insatisfeito é natural que ele não volte a solicitar o serviço, e
você descobre que quando um cliente não está satisfeito com um
produto ou serviço é porque este cliente não deve adquirir seus
produtos, por razões simples como a insatisfação deste consumidor, o
esforço para atendê-lo não justifica a fidelização, seus clientes
não possuem o mesmo perfil etc.
Sempre há clientes que são bem-vindos, ao passo que há aqueles que
podem estar apenas experimentando um novo produto ou serviço, que
não chegarão a perpetuar o uso destes, e novamente há todo um
processo de prospecção de cliente e esforços para torná-los fiéis.
Este processo é apenas uma parte dos esforços realizados para
elaborar metas, algumas organizações definem que quanto mais
clientes novos trouxer para a sua empresa, melhor, esquecendo que há
um número de consumidores fiéis que não recebem o mesmo tratamento.
O erro não é estabelecer metas, mas a forma como elas são definidas,
não adianta investir tempo em clientes que não serão fiéis, e talvez
seja o momento, já tardio, para algumas organizações aprenderem um
pouco a lidar com seus consumidores.
O melhor caminho para estabelecer metas é conhecer profundamente a
organização, planejar as ações e manter contato com seus
consumidores, para que o êxito seja verdadeiro e, tanto, a empresa
quanto o consumidor fiquem satisfeitos e prolonguem o
relacionamento.