Marketing Pessoal x Superexposição
Por Rogerio Martins
24/09/2008
Você realmente sabe o que é Marketing Pessoal? Ainda tem muita gente
que por aí confundindo marketing pessoal com superexposição. Uma
coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, como diria uma amiga
minha. E veja que são coisas bem distintas, mas, acredite se quiser,
tem profissional que confunde tudo. Deve ter lido em algum lugar ou
escutado algum consultor ou amigo dizendo que tem de se promover e
pronto: catástrofe. Cria-se mais um monstro da superexposição.
Para colocarmos as coisas em ordem, vale lembrar que marketing
pessoal é uma ferramenta para o gerenciamento da imagem pessoal e
profissional. Serve para melhorar a imagem que as pessoas têm a
respeito de alguém, por exemplo. No trabalho o marketing pessoal
pode ser utilizado como forma de valorização das atividades que um
indivíduo executa. Ele faz, ele divulga. Ele cria um projeto, ele
apresenta. Obviamente que estes exemplos são apenas uma vaga idéia
do potencial que está por trás das diversas técnicas que esta
ferramenta proporciona.
O fato é que algumas pessoas exageram na dose e acham que estão
fazendo marketing pessoal. É como o bêbado social: enche a paciência
de todo mundo com aquelas piadinhas sem graça e acredita que está
agradando. A todo instante “querem aparecer” e isso mais atrapalha
do que ajuda.
Uma das premissas do marketing pessoal é justamente saber dosar a
exposição. De menos, você não será lembrado. Aquela vaga tão sonhada
ou a promoção que estava por vir, não chegará. É preciso que as
pessoas realmente saibam do seu potencial, das suas qualidades e
qualificações. Ninguém quer ou vai adivinhar, é preciso mostrar.
Para isso é necessário criar estratégias de exposição. Saber estar
nos lugares certos, participar dos eventos e reuniões mais
estratégicos e, mais do que tudo, agir naturalmente.
Agora, quando a exposição é demasiada cria-se um outro problema: o
“mala”. Com tudo que tem direito: sem alça, sem rodinhas, pesada e
velha. Ninguém agüenta! Sabe aquele cidadão que quando chega na
rodinha do café todo mundo vai embora porque lembrou de alguma coisa
pra fazer? Na verdade, todos estavam é querendo fugir daquela pessoa
chata que só conta vantagem, só fala de si mesmo, que olha para o
próprio umbigo o tempo todo. Mesmo quando não há a oportunidade para
falar ele resolve abrir a boca.
Para não ser taxado de mala é preciso tomar alguns cuidados. O
primeiro é fazer uma auto-análise profunda. Muitas vezes isso não é
possível sozinho, pois a tendência é não enxergar o que faz de
errado. Se for o caso pergunte para um amigo próximo, uma pessoa de
confiança ou a ajuda de um profissional, um consultor de imagem.
Avalie como está sua exposição. Faça o teste da rodinha do café.
Em segundo lugar tenha em mente que cuidar da imagem pessoal é
preciso observar. Veja aquelas pessoas que são bem sucedidas. O que
elas fazem? Como se comportam? Converse com elas, sinta o que elas
transmitem a você. Nunca copie, mas aprenda com elas.
E por último esteja aberto para as críticas. Ouça, reflita, filtre e
mude sempre que necessário. Vivemos um mundo de intensa
transformação. Precisamos nos adaptar às mudanças do mundo ou
ficamos para trás. Transforme-se, seja melhor para si mesmo. Cuide
da sua imagem, da sua exposição e faça o marketing pessoal correto.
Sucesso!
Rogerio Martins é Psicólogo, Consultor de Empresas e Palestrante.
Especialista em Liderança e Motivação. Sócio-Diretor da Persona
Consultoria e Eventos. Autor do livro Reflexões do Mundo
Corporativo. Membro do Rotary Club de SP Santana (Distrito 4.430).