A gestão logística em Marketing
Por Rafael Mauricio Menshhein
18/06/2007
Com a globalização distribuir
adequadamente os produtos torna-se um
grande desafio e gera estudos mais
aprofundados de mercado, permite
encontrar soluções viáveis para que
todos os pontos de venda sejam
abastecidos corretamente e que
possibilitem um novo diferencial na
comparação de produtos similares por
parte dos consumidores.
Uma das grandes vantagens em controlar
realmente o fluxo de produtos, desde a
matéria-prima até seu pós-venda é
conhecer melhor os consumidores, a
logística traz uma nova visão para os
gestores, permitindo compreender o
mercado e o público-alvo.
Os estudos voltados para toda a cadeia
de suprimentos (supply chain), agregam
mais valor para os consumidores, bem
como o transporte e armazenagem correta,
criando perspectivas mais adequadas a
geografia, cultura, comportamento etc.
Um dos pontos que deve levar a
especialização e melhoria da logística
em todas as organizações é o
conhecimento adquirido pelo consumidor,
hoje este consumidor procura um produto
desejado em inúmeras lojas, fazendo com
que seu valor (valor = benefício/custos)
seja atraente e esteja realmente
presente nos produtos adquiridos.
Desta forma é vital transformar a
própria logística em um valor dentro do
mercado, pois um produto que não está no
ponto de vendas não é comparado, e por
conseqüência não é adquirido, mesmo
assim há inúmeros fatores que levam o
consumidor a adquirir o produto que está
exposto no ponto de venda, como a sua:
Integridade: um produto com arranhões,
amassados, rasgados etc., não é bem
visto, e deixa de ser adquirido,
tornando-se um motivo de comparação para
o cliente e excluindo-o imediatamente da
sua lista de escolhas, os cuidados desde
a fabricação até a chegada a residência
do cliente são fundamentais e agregam
maior valor na hora da escolha;
Obsolescência: um produto ultrapassado
ficará por um bom tempo nas prateleiras,
pois há inúmeros exemplos em que a
tecnologia retira do mercado produtos de
qualidade, mas que hoje são rotulados
como antigos; neste ponto também entra a
validade de um produto, especialmente os
alimentos, onde um descuido com seu
prazo gera complicações para toda a
organização e o ponto de venda do
produto;
Prazo de entrega: levando-se em conta os
itens anteriores, percebe-se que o
consumidor pode aguardar um determinado
tempo para ter em suas mãos o produto,
logicamente este prazo deverá ser
percebido como viável, pelo cliente, e
estar adequado ao valor do produto, por
isso existem setores onde filas de
espera são comuns e compreensíveis pelos
consumidores, como na aquisição de um
automóvel.
Envolver toda a organização e fazê-la
trabalhar em busca de um objetivo comum
é uma das formas de demonstrar o quanto
pode ser feito com o uso correto da
logística, que para alguns,
especialmente no Brasil, é relacionada
somente com transporte.
Todas as organizações podem melhorar a
sua logística, estudando e adequando os
vários modais ao seu negócio, como:
Transporte rodoviário: muito utilizado
no Brasil e que tem um custo elevado,
devido as condições das rodovias e a sua
má utilização;
Transporte aéreo: utilizado como a
solução para uma emergência, é taxado
como excessivamente caro, mas com
estudos adequados pode ser muito mais
barato que o rodoviário;
Transporte marítimo: com uma estrutura
portuária pouco eficaz, o Brasil deixa
de lado este modal e limita a ação de
grandes empresas;
Transporte ferroviário: quase
inexistente no Brasil, torna-se inviável
utilizá-lo para transportar para países
vizinhos devido a distância entre os
trilhos das ferrovias brasileiras, as
únicas que estão fora do padrão mundial,
com isso, mesmo dentro do país ainda é
muito pouco utilizado, porque muitas
organizações não conseguem planejar;
Transporte fluvial: levar cargas por
meio dos rios e lagos pode ser de grande
valia, mas com a cultura de que o
transporte deve ser terrestre, todos
acabam perdendo e muitas organizações
nem sabem de sua existência.
Devido a falta de conhecimento e de
estudos, o Brasil acaba perdendo muito
com a incapacidade das organizações em
avaliar qual é o melhor modal de
transporte, deixando de ganhar para
economizar.
Mas as novas gerações de gestores já
apontam um novo estilo, onde o
conhecimento é trabalhado e estudos são
realizados para melhorar todo o
desempenho das organizações, deixando de
lado as brigas internas, porque eles
sabem que o trabalho de um interfere
diretamente no do outro.