Mutações na Arte de Vendas
Por Sérgio Dal Sasso
29/05/2007
Fica difícil manter aquele corpinho de bailarino espanhol, mas
perdas físicas devem ser compensadas pela modernização e
esclarecimentos que somente o amadurecimento propicia.
A evolução do nosso potencial é facilmente lembrada, quando nos
colocamos em situações que quando comparadas com similares do
passado, lamentamos o fato de termos o conhecimento atual, sempre
com acréscimos de frase tipo “como seria viver o que já aconteceu
mas com a experiência e vivencia atual”.
Estar em evolução é se sentir mudado e conectado, mantendo o que a
atividade física propícia e compensando-a com um entendimento
evolutivo e mental cada vez mais atual.
Por outro lado a produção do sucesso vem da profundidade e
insistência em sobrepor o óbvio, do que hoje existe, procurando
assim ser um cientista não só na arte da pesquisa, mas com
formulações que combinam, caso a caso, com um complexo versátil e
crescente junto as variáveis e mutações do mercado.
O pulo do gato, vem do uso de uma política própria adquirida,
vinculada, e comunicativa aos modelos de acesso ao usuário, mas
sempre tendo em vista que o ponto ideal da ação se diferencia pelo
surpreender com convites e convencimento a mudanças ao próprio
consumidor, onde a qualidade e segurança do que se oferece (produto
+ articulação consultiva) devem estimular a substituição ou adição
para o uso à validade do que se está procurando ofertar.
Nossa condição de vendas, antes se resumia a receber metas e
procurar cumpri-las para garantir um equilíbrio entre o que se
produzia e seu escoamento. Tal situação, de certa forma, não
valorizava ou até menosprezava a importância de vendas e seus
representantes.
Com a competitividade (hoje com o próprio reconhecimento da
importância das modificações da era Collor), um sistema antes
sucatado e acomodado, obrigou-nos a mudanças que inevitavelmente
romperão o velho do novo, reforçando o conceito de que competência
não mais se forma pelo tempo de serviços, mas pela intensificação e
reunião de talentos, que garantam ações inovadoras junto com a
construção de modelos que tenham foco nas respostas objetivas.
No novo, até por questões necessárias a sobrevivência e agilidade,
teríamos que ter algo mais enxuto, completo, e necessariamente que
investisse na técnica e na competência dos seus colaboradores para
seu pleno aproveitamento. Ganhos de escalas, passam a depender de
conjuntos não tão fixos, tão departamentais, mas mais celulares, de
conhecimentos mais ampliados, de tal forma que as facilitações das
decisões sejam geradas pelas capacidades homogenias dos
colaboradores, não pelas funções, mas pela diversificação do
conhecimento e enriquecimento das ações.
De repente o que tem importância no cenário , não é mais ter a visão
de um grande produto a ser lançado, mas de uma grande potencialidade
humana no sentido de construí-lo e demonstrá-lo nos mínimos detalhes
em relação as suas qualificações e diferenças adicionais.
Ainda hoje apanhamos muito com isso, pois treinar pessoas, mas do
que passar o conhecimento , depende do introduzi-las, para que
estejam no seu melhor dentro da utilidade participativa do meio
aonde atuam.
O profissional de vendas não é mais um ser isolado, de simples
condução de metas, mas o elo informativo sobre a ciência de mutações
de um mercado rápido e constantemente exposto a mudanças. Sua visão
deve incorporar um "mix" das variáveis que compõem negócios
similares e as novidades a serem capitalizadas nos estudo de
oportunidades para ditar os motivos e mutações do publico
consumidor. Clientes, como nos casamentos, são cada vez mais
dependentes dos valores que propiciam cumplicidade e sustentação a
sua própria atividade.
Os negócios de vendas, quando espelhados num mercado competitivo,
devem estar focados no estudo e no próprio conhecimento do mercado,
incluindo ai a visão de que todo o processo interno por parte das
organizações e a construção das responsabilidades, dependem do
reconhecimento da parte que lhe cabe para garantir que vendas não
sejam apenas conquistas imediatistas de clientes, mas a
potencialidade diária de retê-los diante de um contato produtivo e
orientativo para que se façam presentes e conectados com o que
somos.
Sérgio Dal Sasso é consultor em gestão empresarial, escritor e
palestrante em Administração de Negócios, Empreendedorismo, Gestão
de Vendas, Carreiras e Educação Acadêmica. (Portal:
www.sergiodalsasso.com.br)